12 filmes para assistir no Dia dos Namorados

Está na quarentena com seu “mozão”? Confira a lista que preparamos para deixar essa data mais romântica
Antônio Pedro de Souza

            O Dia dos Namorados chegou! E com ele toda a breguice, quero dizer, todo o romantismo da data! Casais apaixonados passeiam de mãos dadas pelos parques da cidade. Opa! Estamos em afastamento social, então, nada de parques, cachoeiras, praças de alimentação de shoppings, motéis ou cinemas! Você e a pessoa que ama estão isolados e vão ter que se virar em casa mesmo pra curtir esse dia. Para ajudar vocês, separei doze filmes que dá pra curtir agarradinho, mas usando máscara, no sofá de casa. Ligue a TV, estoure a pipoca e, bem, deixe o amor falar mais alto!

12 – Amor Sem Fim (1981)

Amor Sem Fim

            Esse clássico dirigido por Franco Zeffirelli não agradou a crítica quando foi lançado, tanto que recebeu indicações ao Framboesa de Ouro naquele ano. Mas com o passar do tempo, ganhou uma legião de fãs que curtem os corpos novos e sarados de Brooke Shields e Martin Hewitt. A história gira em torno do casal Jade e David, ela com 15, ele com 17 anos, que se apaixonam perdidamente. Tão perdidamente que os pais da moça, inicialmente favoráveis ao namoro, passam a ser contra devido ao “exagero” de romance entre os dois. (Leia-se “excesso de sexo” mesmo). Separados, David recebe a ajuda de dois amigos (um deles o estreante Tom Cruise) para ter uma “brilhante” ideia: tacar fogo na casa da amada. Na verdade, o plano era colocar fogo numa pilha de jornais, fazer muita fumaça e, óbvio, bancar o herói, salvando Jade e recebendo o apoio da família dela. É claro que o plano dá errado e a casa pega fogo de verdade. David até salva a garota e a família dela, mas ele mesmo confessa o crime, sendo julgado e condenado a vinte anos de prisão. Como há atenuantes no caso, o juiz determina a pena em cinco anos, desde que passe por tratamento psiquiátrico e se afaste de vez da família de Jade. Dois anos depois, David sai do manicômio judiciário e parte em busca de reconquistar seu grande amor. É claro que a segunda metade do filme guarda sua própria carga de tragédias e erotismo, mas no fim, temos a certeza de que o amor dos dois permanece eterno, como conta o título do filme. Mesmo separados, permanecem juntos (não entendeu? Assista ao filme!).

11 – O Dia do Terror (2001)

O Dia do Terror            É claro que não deixaríamos o gênero terror fora desta lista do Dia dos Namorados. Afinal, grandes cenas de romance (mais uma vez, leia-se “sexo”) são interrompidas neste gênero por assassinos mascarados. Em “O Dia do Terror”, um adolescente é humilhado durante a festa de São Valentim (em muitos países, o Dia dos Namorados é comemorado em fevereiro, dia de São Valentim, daí a lógica deste filme). Bem, o adolescente é humilhado, os anos passam e ele volta disposto a se vingar de seus algozes. As belas colegas da época do colégio não estarão a salvo quando a carnificina começar. O filme dirigido por Jamie Blanks tem no elenco Katherine Heigl e David Boreanaz. Assim como “Amor Sem Fim”, teve uma crítica pesada, mas com o passar do tempo, conquistou fãs e, cá pra nós, é uma boa pedida para esse dia romântico.

10 – Os Normais – O Filme (2003)

Os Normais - O Filme            Produção brasileira, esse filme estreou após o fim do seriado homônimo da TV Globo, mas serve como um prólogo para o programa. No longa, descobrimos como Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) se conheceram: eles estão prestes a se casar, ela com Sérgio (Evandro Mesquita) e ele com Marta (Marisa Orth). Entre uma cerimônia e outra, eles se conhecem na sacristia da igreja e descobrem ter alguns pontos em comum. Muitas confusões depois, que incluem um humilhante desfile de carruagem pelo centro do Rio de Janeiro, uma também humilhante alergia ao terno alugado, e duas malfadadas festas de casamento, Rui e Vani se descobrem vizinhos e, além da afinidade natural que sentem um pelo outro, percebem que seus pares não são bem o que pensavam ser. Resultado: uma noite repleta de infortúnios numa das melhores comédias já produzidas. Além de garantir boas risadas, “Os Normais – O Filme”, traz um revival de sucessos dos anos 1980 e 1990, além de renovar nosso estoque de palavrões. Perfeito pra ver com o “mozão”, hein? A direção é de José Alvarenga Júnior, com roteiro de Fernanda Young, Alexandre Machado e Jorge Furtado.

9 – Dirty Dancing – Ritmo Quente (1987)

dirty dancing            Que atire a primeira fita VHS quem nunca sacudiu o esqueleto ao ouvir os primeiros versos de “The Time Of My Life”, canção que embala as cenas românticas do casal Frances (Jennifer Gray) e Johnny (Patrick Swayze). Ela é filha de uma família tradicional que viaja para uma espécie de acampamento de verão e ele é um professor de dança neste acampamento. Os dois se apaixonam, mas (e sempre tem um “mas” nesses filmes) forças externas começam a atrapalhar o romance. Primeiro, a parceira de dança de Johnny engravida, levando o pai de Frances a acreditar ser o professor o pai do bebê. Depois, carteiras de hóspedes começam a sumir, levando a gerência a acreditar que Johnny é o ladrão. Porém, o amor de Johnny e Frances é mais forte e, juntos eles lutam para superar os obstáculos. No fim, uma apresentação icônica de dança encerra as férias e o filme. Ótima pedida para assistir com sua alma gêmea nesta sexta-feira e o melhor: como estão isolados, podem até improvisar a coreografia do final. Se caírem, ninguém vai rir!

8 – Dia dos Namorados Macabro (1981)

Dia dos Namorados Macabro            Outra pérola do terror que cabe perfeitamente nesta data (embora o filme se passe em fevereiro, pelos mesmos motivos que o item 11 desta lista). Em 1961, durante um baile do Dia dos Namorados, um acidente em uma mina do Canadá deixa vários mortos. Vinte anos se passaram e a cidade pretende retomar as comemorações da data. Então, as autoridades policiais começam a receber pacotes com corações humanos. No elenco, nomes como Neil Afleck e Lori Halier. O filme teve uma refilmagem em 3D em 2009.

7 – A Lagoa Azul (1980)

A Lagoa Azul            Não é a primeira versão cinematográfica para o livro homônimo, mas é a mais famosa! Brooke Shields (sim, ela de novo) e Christopher Atkins protagonizam essa história sobre dois primos que se veem perdidos em uma ilha após um naufrágio (em época de afastamento social, é o que há, hein?). Lá, eles crescem e começam a perceber juntos as mudanças em seus corpos, deixando a atração natural agir. Com bastante cenas de nudez (implícita para Brooke, que tinha apenas 14 anos) e explícita para Atkins (já com 18 anos), o filme foi duramente criticado, mas como nos exemplos anteriores, arrebatou o público. Virou uma figurinha bastante repetida na TV aberta brasileira, com extensas incursões na Sessão da Tarde, da Globo. Ironicamente, não é o filme mais exibido pela faixa, que divulgou em 2017, que “Ghost – Do Outro Lado da Vida”, havia sido exibido mais vezes!

            O filme aborda o relacionamento sexual entre os jovens com muita naturalidade, já que eles não tiveram parâmetros sobre sexo/sexualidade antes do naufrágio. Além do romance entre os dois – e da gravidez precoce de Emmeline (Shields), alguns costumes de tribos nativas são mostrados no longa e, claro, a paradisíaca paisagem natural. Aliás, foi graças ao filme que uma nova espécie de iguana foi catalogada.

            Para as cenas de nudez de Emmeline, vários cuidados foram tomados: quando o corpo dela deveria aparecer nu, foi usada uma dublê, na época com 32 anos. Quando era preciso que o rosto de Emmeline também aparecesse, um aplique era fixado em seu cabelo e colado sobre seus seios. Já Richard (Atkins) fez todas as suas tomadas (incluindo um nu frontal, subaquático), pois o rapaz já era maior de idade.

            O fim do longa é dúbio, deixando no ar a dúvida sobre se os protagonistas morreram ou não.

6 – De Volta à Lagoa Azul (1991)

De Volta à Lagoa Azul            Não podemos deixar de falar da sequência de “A Lagoa Azul” inspirado no livro “O Jardim dos Deuses”. Apesar dos problemas estruturais da obra, ela ficou tão famosa quanto sua antecessora, muito por causa das exibições na Sessão da Tarde (um viva à TV aberta que construiu uma legião de cinéfilos nas décadas de 1980 e 1990).

            Há um erro já na primeira cena: no fim do primeiro filme, vemos que é o pai de Richard quem descobre o casal no bote (deixando no ar, a dúvida sobre a morte dos dois). No começo desta sequência é um outro barco que acha o casal e não há dúvidas sobre a morte dos jovens. Paddy, bebê de Richard e Emmeline, é resgatado com vida e fica sob os cuidados de Sarah, mulher viúva, mãe de Lilli. Tudo o que Paddy consegue pronunciar é “Richard”, o que leva Sarah a acreditar que esse é seu nome. Um novo naufrágio acontece e Sarah, Lilli e Richard vão parar na ilha em que o menino nasceu. Com o passar dos anos, a mulher percebe que não conseguirá sair dali e resolve conversar com as crianças sobre alguns assuntos (a aula sobre sexualidade que faltou a Richard e Emmeline no primeiro filme). Após a morte de Sarah, Richard e Lilly crescem, passando a ser interpretados por Brian Krause e Milla Jovovich (sim, a heroína da saga “Resident Evil”).

            Com menos cenas de nudez e sexo que o primeiro filme, o longa consegue mostrar o jovem casal mais civilizado, com mais hábitos da cidade, já que tiveram mais tempo de contato com um adulto. No meio da história, um barco surge e, com ele, a oportunidade do resgate. Mas o amor de Lilli e Richard fala mais alto e eles resolvem não sair da tranquilidade e do afastamento da ilha. Baita lição pra quem não vê a hora de sair por aí batendo perna no shopping, hein?

            Além da recepção negativa da crítica, teve recepção negativa do público, mas ganhou fãs ao longo dos anos. Ainda não foi lançado em DVD no Brasil…

5 – Amor.com (2017)

amor-com-filme-01            Comédia romântica brasileira estrelada por Ísis Valverde e Gil Coelho, o filme gira em torno do casal Katrina e Fernando. Ela é uma blogueira famosa que se vê vítima de um vazamento de nudes por parte de seu ex-namorado. Ele, é um vlogueiro de jogos eletrônicos e técnico em informática que a ajuda com o problema das fotos. De uma prestação de serviço, surge uma amizade. De uma amizade surge um amor que vira febre dentro e fora do mundo virtual. Porém, com o passar do tempo, os interesses dos dois se mostram conflitantes e uma série de mal-entendidos pode fazer com que o amor se apague. Dirigido por Anita Barbosa, o longa é uma ótima pedida para casais conectados.

4 – Uma Linda Mulher (1990)

Uma Linda Mulher            Modernização do conto da Cinderela, “Uma Linda Mulher” traz Julia Roberts no papel de Vivian, uma prostituta dos arredores de Los Angeles. Ao ajudar Edward (Richard Gere) a localizar um hotel na cidade, uma amizade (e um contrato temporário de trabalho) surge entre os dois. Com o passar da semana, a amizade vira afeto e o afeto vira amor, mas ele é um alto executivo e ela é uma simples garota de programa. O filme é um dos mais badalados do gênero comédia romântica, tendo tido uma das maiores bilheterias. Curiosamente, o filme seria mais sombrio, mostrando um lado obscuro e controverso da prostituição em Los Angeles, mas na pré-produção foi remodelado, dando origem a uma história de amor solar. É claro que há entraves para o romance de Vivian e Edward, mas no fim, o filme se revela uma história para quem acredita no poder do amor. A trilha sonora inclui diversos clássicos, mas é “Pretty Woman” que se tornou marca do filme.

3 – Shrek (2001)

Shrek“Cebolas têm camadas, ogros têm camadas.” Com essa máxima, descobrimos que Shrek é muito mais que um simples monstro verde. Ele tem bons sentimentos e são essas nuances que o levarão a conhecer, salvar e se apaixonar por Fiona, uma bela princesa que se vê vítima de uma terrível maldição: quando o sol se põe, ela também se transforma em um ogro!

            Essa pérola dos desenhos animados venceu o Oscar de Melhor Animação e conquistou crítica e público, ganhando mais três sequências, além de alguns especiais temáticos. De quebra, o longa ainda revelou um segundo casal apaixonado: o Burro e o Dragão! Lindo demais pra curtir com o “Mô” da sua vida, hein? Mesmo que ele ou ela tenha chulé, tire meleca do nariz ou cometa outra “ogrice”. Hahahá.

2 – Ghost – Do Outro Lado da Vida  (1990)

Ghost            São vários os momentos marcantes dessa atração estrelada por Demi Moore, Patrick Swayze e Woopi Goldberg. De diálogos como “Eu te amo” – dito por Molly (Moore), que recebe a simples resposta “Idem” – dita por Sam (Swayze) (pelo menos não foi o seco “Eu sei” de “Guerra nas Estrelas”, né?) até cenas como a moeda subindo pela porta, passando pela dança semi-erótica na fabricação de uma escultura de barro, “Ghost – Do Outro Lado da Vida” é um dos grandes êxitos do cinema romântico.

            Sam é um bancário apaixonado pela artista plástica Molly. Na saída de uma ópera, eles são assaltados e Sam é morto. Porém, apegado à vida na terra, o espírito de Sam não consegue fazer a travessia que o levaria a outro plano. Ele então percebe que tem como missão salvar Molly, que pode ser vítima de um perigoso bandido. Em sua investigação, Sam descobre que seu assassinato não foi casual, mas que teve ligação com um desvio de dinheiro que ele havia descoberto poucos dias antes no banco em que trabalhava. Agora, ele terá que arrumar um jeito de contatar Molly, fazendo-a perceber o perigo que a cerca. Para isso, ele contará com a ajuda de Oda Mae Brown (Goldberg), uma falsa vidente – que com o passar da história, adquirirá poderes reais.

            Embalado pela canção “Unchained Melody”, “Ghost – Do Outro Lado da Vida” é um marco do cinema e em 2017 foi divulgado pela Rede Globo como o filme mais exibido pelo canal.

1 – Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

hoje_eu_quero_voltar_sozinho80219            Clássico recente do cinema brasileiro, o longa de Daniel Ribeiro conta a história do adolescente Leonardo (Guilherme Lobo). Cego, ele encontra na amizade de Giovanna (Tess Amorim), o escapismo que precisa para enfrentar os obstáculos diários, que incluem uma superproteção da mãe e o bullying dos colegas de escola. A chegada de Gabriel (Fabio Audi) ao colégio, causa um turbilhão de emoções, já que Giovanna, que até então nutria um amor platônico por Leo, passa a se sentir atraída pelo novo rapaz. Com o passar dos dias, porém, Leonardo também se sente atraído por Gabriel, o que desperta ciúmes em Giovanna. A amizade entre Leo e Gabriel vai crescendo aos poucos e, entre uma armadilha e outra dos colegas de escola (em especial de Karina e Fabio), eles percebem que sentem um sentimento mútuo que vai além de uma simples amizade colegial. Léo, então, confessa a Giovanna estar apaixonado por Gabriel e ela passa a apoiar os dois amigos.

            Baseado no curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, do mesmo diretor e com o mesmo elenco, o longa é uma das mais belas histórias de amor já produzidas pelo cinema brasileiro. Tratando a homossexualidade com franqueza e sem caricaturas, o filme explora bem as nuances sobre relacionamentos amorosos na adolescência, onde tudo é intenso demais.

***

MENÇÕES HONROSAS:

            A ideia da matéria era mostrar doze histórias de amor (ou quase) por causa da data. É claro que muitas ficaram de fora, então, segue uma menção honrosa para Titanic (1997), Grease, Os Embalos de Sábado à Noite, Flashdance, A Noiva de Chucky (vai dizer que a lua-de-mel entre Chucky e Tiffany não é romântica pacas?), A Dama e o Vagabundo e Lua de Cristal (sim, o filme da Xuxa). Qualquer dia escrevo sobre esses clássicos. Agora, vai lá, estoure o champanhe, prepare os tira-gostos e deixe-se mergulhar na cafonice clichê – quero dizer, na áurea romântica – desse dia tão especial!

 

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