Terror traz um gosto nostálgico aos fãs do gênero
O novo longa-metragem de terror “A Primeira Comunhão”, embora não fuja dos clichês do gênero, traz agradáveis surpresas – e um sabor e nostalgia – aos fãs. Aliás, talvez por não fugir dos clichês, é que o filme se torne tão agradável de assistir.
A história gira em torno de uma família que se muda pra uma cidadezinha no meio do nada. A filha mais nova se prepara para sua primeira comunhão junto a outras crianças. No dia da festa, alguns incidentes leves despertam a curiosidade da irmã mais velha, que passa a observar melhor os moradores da região.
Numa ida a um bar frequentado pelos jovens do lugar, a moça se depara com uma lenda local e os eventos que se seguem, fazem-na crer ser vítima de uma terrível maldição. Aí, as perguntas se multiplicam: Do que se trata a tal maldição? Como fazer para se livrar dela? Por que os moradores mais antigos da cidade não querem comentar os fatos ocorridos no passado sombrio do lugar?

Com cores fortes, diálogos interessantes e direção ágil, o filme faz ótimas referências a clássicos como “O Chamado”, “A Bruxa de Blair” e mais uma pá de filmes sobre maldições, florestas assombradas e brinquedos possuídos. Pode escolher a fita sobre o tema que, certamente, você vai reconhecê-la em “A Primeira Comunhão”.
Mas, se o filme parece ser uma miscelânea de tantas outras obras, o que o torna, de fato, novo? Não é “o que se conta”, mas “como se conta”. A história, a despeito de tantas referências, consegue trazer ares de novidade ao estilo do terror “assombrado/amaldiçoado/possuído”.
E fica uma dica de ouro: não leve para casa objetos estranhos encontrados no meio do mato. E, se aparecerem manchas estranhas em seu corpo da noite para o dia, procure um dermatologista. Ou melhor: um exorcista!
Cotação por Ossos: 9,0
