Crítica: Ambulância – Um Dia de Crime

Tatiane Barroso

Michael Bay é aquele diretor do cinema que todo mundo ama odiar. Tanto críticos como público, em geral, reclamam dos excessos de explosões, dos tiros, das cenas de carros capotando ou helicópteros caindo do céu em câmera lenta, da quantidade de CGI, até a câmera que gira em ângulo baixo para deixar tudo mais épico não escapa. Também não podemos nos esquecer de adicionar a esses elementos uma magnífica cena de pôr sol. Mas o fato é que Bay, entre acertos e tropeços conseguiu, ao longo de sua carreira, imprimir sua assinatura no universo cinematográfico tornando assim um diretor autoral e de fácil reconhecimento ao espectador. Ele também conta com uma legião de fãs fieis a seus filmes.

Em Ambulância – Um dia de Crime, seu mais recente trabalho, não poderia faltar esses elementos. No filme em questão acompanhamos o veterano de guerra William Sharp (Yahya Abdul-Mateen II) que está desesperado em conseguir uma boa quantia em dinheiro para pagar cirurgia de sua esposa. Will decide entrar em contato com uma pessoa que sabe que não deveria, seu irmão adotivo e criminoso Danny (Jake Gyllenhaal), que lhe oferece dividir a quantia de 32 milhões de dólares, caso o ajude no maior assalto a banco da história de Los Angeles. Com a sobrevivência de sua esposa em jogo, William não pode dizer não. Mas quando seu plano de fuga dá errado, a dupla sequestra uma ambulância com a paramédica Cam Thompson (Eiza González) a bordo. Em uma perseguição em alta velocidade que nunca para, Danny e William enfrentam a lei e tentam de alguma forma não morrerem enquanto executam a fuga mais insana que a cidade já viu.

Não se deixe enganar pela calmaria e belas imagens de Los Angeles, pois quando a frase “Foi uma bela manhã em Los Angeles” aparecer na tela, todas as letras vão se apagando, exceto L e A, que deslizam lentamente juntas até que a palavra ambulância apareça. Nos primeiros 30 minutos somos apresentadas aos nossos personagens principais (os irmãos Sharp) com os flashbacks de suas infâncias. Mas , uma vez que, a ação começa ela não desaceleração. Tanto Gyllenhaal e Abdul-Mateen II fazem um bom trabalho como dois irmãos com opiniões conflitantes (o mau ladrão e o bom ladrão respectivamente) que se envolvem em situações críveis e realistas. Já González como paramédica é unidimensional e acaba caindo no clichê da personagem que se esconde no trabalho para não ter que lidar com seus problemas pessoais. As cenas de diálogos entre os personagens na ambulância são boas, mas o filme ganharia uns pontinhos extras se elas tivessem mais profundidade. Mas Ambulância – Um dia de Crime, o novo filme do diretor Michael Bay, é adrenalina do início ao fim e vale o ingresso e a pipoca.

Cotação por ossos: 8

Imagem do filme gentilmente cedida pelo estúdio Universal Pictures/EspaçoZ

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