Série está disponível no GloboPlay e estreou hoje na TV aberta
Antônio Pedro de Souza
Chegou à TV aberta nesta terça-feira, 28, a série Aruanas. Escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, a obra já está disponível no GloboPlay, serviço de streaming da Globo desde 2 de julho de 2019. Abaixo, a análise do primeiro episódio:
Já na abertura, a produção dá o tom do que pretende mostrar: representações gráficas mesclam cores mais escuras com um vermelho forte, simbolizando sangue e fogo que destroem a floresta e seus habitantes.
Luiza (Leandra Leal) integra um grupo de ativistas ambientais que tenta barrar crimes na Floresta Amazônica. Ela tem um encontro com o jornalista Otávio (Sérgio Pardal), que pode ter provas de que o grupo precisa para endurecer a luta em prol do meio ambiente. Eles marcam um encontro e, no caminho, Luiza descobre que se tornou vítima de uma armadilha: ao ligar para Otávio, ela segue o barulho do celular e descobre o corpo do homem no porta-malas do próprio carro.
Ao tentar pedir ajuda, ela é presa e confronta o delegado. Verônica (Taís Araújo) sai em socorro da amiga. Além de Verônica e Luiza, há também a jornalista Natalie (Débora Falabella).
Miguel (Luiz Carlos Vasconcelos) é o presidente da KM, mineradora responsável por destruir boa parte da área verde local. Quando as ativistas visitam o enfermo Antônio Queiroz, é revelada ao público uma rede de pessoas que prestam serviços a Miguel e seus comparsas. Ao conceder uma entrevista às ativistas, Queiroz poderia fazer graves revelações sobre os negócios escusos de Miguel. O homem, porém, é ameaçado antes que a entrevista acontecesse.
Dispostas a não perderem território, as aruanas declaram guerra os criminosos e resolvem se mudar para a cidade de Cari, onde os crimes acontecem.
Com um tempo relativamente curto para um primeiro episódio de série (apenas 41 minutos e 33 segundos), Aruanas consegue apresentar neste primeiro momento um prólogo da história. As três protagonistas são apresentadas e seus dramas pessoais parcialmente revelados. Em comum, o senso de justiça social e ambiental que moldam às nuances da produção. O mesmo acontece com o vilão e seus subordinados. A ideia é mostrar nos próximos episódios novas revelações sobre o passado de cada um, enquanto a batalha pelo meio ambiente segue adiante.
Narrativa forte, história contada de maneira eficaz e sem muitos rodeios. Aruanas promete ser um bom título para as noites de terça-feira. Ou para ver e rever quando quiser na internet.
***
Nota para a estreia: 10
Comentário para a estreia: narrativa na velocidade certa. Nem lenta demais, prolongando-se nas apresentações; nem rápida demais, deixando o espectador confuso. Enfim: narrativa em seu tempo certo.