Evento acontece neste sábado, 20/7, na capital mineira
A 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte acontece em 20 de julho, a partir das 14h, no cruzamento da Avenida Brasil com Avenida Afonso Pena. Além disso, o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG) traz uma novidade, com o “Festival Fuzuê LGBTQIA+: Arte, celebração e luta“. O evento acontece no dia 19 de julho, de 12h às 21h, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, de 12h às 21h. A entrada é gratuita e está com ingressos disponíveis no Sympla, com espaço sujeito à lotação.
Segundo o presidente da instituição, Maicon Chaves, a escolha tem como intuito tencionar o Estado para que a população LGBTQIA+ tenha as suas necessidades e direitos atendidos em diversas etapas de sua vida. “A escolha do tema deste ano é um chamado urgente para ampliarmos o debate sobre o envelhecimento da população LGBTQIA+. Envelhecer bem é um direito que nos foi historicamente negado por políticas públicas excludentes e por uma sociedade que insiste em invisibilizar nossos corpos ao longo do tempo. Quando afirmamos o direito ao prazer, ao bem viver e à cidade, estamos exigindo mais do que sobrevivência: queremos dignidade, afeto, autonomia e permanência. A Parada e o Fuzuê celebram nossa existência, mas também denunciam os apagamentos que nos atingem em todas as fases da vida. O Estado precisa nos enxergar por inteiro”, afirma Maicon.
Assim como no ano anterior, a concentração da parada retorna para o cruzamento da Avenida Afonso Pena com Brasil. Seis trios elétricos irão se distribuir ao longo da via durante a concentração, às 14h, com DJs tocando músicas de diversos gêneros. A partir de 17h30, terá início a caminhada, em direção à Praça Sete de Setembro, no Centro. A previsão é de que a dispersão ocorra após às 20h.
A Revolta de Stonewall, em Nova York, em 1969, é um dos pontos marcantes da história do movimento de luta por direitos civis da população LGBTQIA+. A partir dela, teve origem as Paradas do Orgulho como conhecemos hoje, manifestações que demarcam a resistência e a celebração de uma população marginalizada. As paradas são eventos únicos, que reúnem tanto a festa quanto a manifestação política em um único contexto. Tendo o compromisso com discussões que afetam a população LGBTQIA+, a 26ª edição traz como tema “Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade”. A escolha reverbera um debate nacional, já levantado por outras paradas e movimentos sociais. A proposta dá luz ao processo de envelhecimento desta parcela da população e à garantia de direitos e políticas públicas específicas voltadas para ela.
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Foto: (25ª Parada) Mobox Produções/Divulgação: Arthur Santana
