Filme de Michel Gondry foi comentado por Bernardo Coelho Sigaud
O crítico cinematográfico Bernardo Coelho Sigaud abriu o segundo ciclo de exibições do Segunda no Cine, no Cine Theatro Brasil, comentando o clássico “O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey (Debi & Loide, O Máskara) e Kate Winslet (Titanic, Depois Daquela Montanha) e participações de Kirsten Dunst (trilogia Homem-Aranha), Elijah Wood (O Senhor dos Anéis), Mark Ruffalo (Hulk), David Cross (Alvin e os Esquilos), entre outros, o filme é, como ressaltou Sigaud, uma junção bem orquestrada entre romance e ficção científica, o que, nas palavras do crítico é algo incomum e difícil de se fazer no cinema.
Quando Joel descobre que Clementine usou de uma técnica nova no mercado para tirar o ex-namorado de suas memórias, ele resolve fazer o mesmo. A ideia é de que, ao não se recordarem um do outro, não sofreriam mais por amor. Porém, esquecer alguém se ama – ou que já se amou – mostra ser uma tarefa mais difícil do que o casal protagonista poderia querer ou imaginar.
Partindo em uma verdadeira odisseia para tentar resgatar a memória da mulher que ama, Joel embarca nos segredos de sua própria mente e, junto à Clementine, tenta reverter os efeitos devastadores da prática à qual os dois foram submetidos.
No bate-papo com o público, Bernardo ressaltou os elementos do filme que brincam com o limite entre realidade e ficção, as escolhas pessoais de cada um, bem como a natural tentativa humana de escapar dos momentos dolorosos da vida e suas consequências e, claro, os problemas éticos que poderiam envolver ao se aplicar medidas drásticas como as vistas no filme.
Um dos exemplos comentados foi o do personagem Patrick, que passa a tentar conquistar Clementine, utilizando argumentos e artifícios que haviam sido de Joel. Bernardo também relembrou com a plateia outros filmes em que o apagamento da memória era usado, trazendo à tona essa discussão entre o que é real e o que é imaginação, como por exemplo, a franquia MIB – Homens de Preto.
Os comentários seguiram apontando o uso da edição fragmentada do filme, o que o torna um grande quebra-cabeças, ao qual o espectador precisa encaixar todas as peças para ter uma visão ampla do roteiro.
VEM AÍ:
Ainda em junho, tem “Donnie Darko” (9/6), comentado por Gustavo Borge; “Matrix” (19/6), por Antônio Pedro de Souza; “A Chegada” (23/6), por Ana Laura Negro e Davi; e “O Grande Lebowski” (30/6), por Gabriel Santiago. Julho começa com “Juventude Transviada” (7/7) e, pelo teaser exibido antes da sessão de estreia, ao longo do ano serão exibidos “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, “Meninas Malvadas”, entre outros clássicos.
CONFIRA:
Comentários de Bernardo Coelho Segaud para o filme “O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”
