Filme “O Garoto”, Charles Chaplin, abriu a mostra cinematográfica no Cine Theatro Brasil
Os amantes da sétima arte têm um bom motivo para comemorar: começou na última segunda-feira a temporada 2025 do Segunda no Cine, projeto que exibe filmes de diversas épocas e nacionalidades ao longo do ano no Cine Theatro Brasil, Centro de Belo Horizonte. E a estreia não poderia ter sido melhor: foi exibido o clássico “O Garoto” (The Kid), de 1921, dirigido e estrelado por Charles Chaplin.
Mas não foi uma simples exibição. Além da tradicional sessão comentada (um dos grandes trunfos da mostra) pelo professor José Ricardo Miranda Jr., a estreia contou com a execução da trilha sonora ao vivo. No palco, durante a exibição do filme, as musicistas Natália Barros, Jennifer Cunha e Isabela Alencastro dos Reis embalaram as cenas ao som de clássicos brasileiros como “Odeon”, “Carinhoso”, “Tico Tico no Fubá”, “As Bachianas”, entre outros. O resultado emocionou e divertiu o público.
Na plateia, membros do Cineclube Liberdade, como Raphael Lages, Vitor Avelar, Lore Leite e Davi Gomes; a crítica cinematográfica Yasmine Evaristo, o jornalista Lucas de Oliveira e o roteirista Matheus Monteiro. A produção, curadoria e apresentação ficaram a cargo de Camila Lana e Rodrigo Azevedo.
Lançado em 1921, “O Garoto” marca uma transição entre os curtas e os longas-metragens de Charles Chaplin. Na obra, o personagem Carlitos encontra um bebê recém-abandonado e, de certo modo, é obrigado a cuidar do garoto. O tempo passa e, agora com 5 anos, o “filho” de Carlitos se mete em várias enrascadas pelo vilarejo em que eles moram, mas acaba recebendo o afeto de uma influente artista, que guarda um segredo triste.
Quando o garoto adoece, as autoridades descobrem que Carlitos não é seu pai biológico e resolvem mandar o menino para um orfanato. Pai e filho partem, então, numa divertida e arriscada aventura para permanecerem juntos, mas o destino acaba revelando uma ligação ainda mais forte com a já citada artista, o que pode encaminhar o trio para um final feliz…
Durante seus comentários, José Ricardo enfatizou os laços que unem os personagens, a icônica – e controversa – cena do sonho, a falta da busca por um “amor ideal, mas impossível”, presente em outras obras de Chaplin, além de diversos aspectos da longa filmografia do cineasta.
VEM AÍ:
Na próxima segunda-feira, será exibido “Edward – Mãos de Tesoura”, com comentários de Natália Barros; dia 19/5, será a vez de “Laranja Mecânica”, comentado por Maria Trika; dia 26/5, tem “Os Caça-Fantasmas”, com comentários de Renato Silveira e Kel Gomes.
Em junho, os filmes serão: “O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2/6), “Donnie Darko” (9/6), “Matrix” (19/6), “A Chegada” (23/6) e “O Grande Lebowski” (30/6). Julho começa com “Juventude Transviada” (7/7) e, pelo teaser exibido antes da sessão de estreia, ao longo do ano serão exibidos “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, “Meninas Malvadas”, entre outros clássicos.
CONFIRA:
Entrevista com Rodrigo Azevedo apresentando a temporada 2025 do Segunda no Cine:
Apresentação da sessão de “O Garoto”, trechos do filme com trilha sonora ao vivo e comentários de José Ricardo Pereira Jr.:
Galeria de fotos da noite:
Projeto Lumi 