Crítica: Aquele que Habita em Mim

O filme é baseado na história real de Lizzie Andrew Borden (1860 – 1927), acusada de assassinar seu pai e sua madrasta em Fall River, Massachusetts, em 1892

Tatiane Barroso

O filme Aquele que habita em Mim (The Inhabitant) tem como pano de fundo a história real de Lizzie Andrew Borden (1860 – 1927). No ano de 1892, na cidade de Fall River, Massachusetts, Lizzie foi acusada de assassinar seu pai e sua madrasta na casa em que viviam. Após uma rápida introdução do caso e indagação de como tal fato afeta os descendentes da família Borden, somos apresentados a Tara (Odessa A’zion) colegial que, além de lidar com os problemas típicos da adolescência, também tem de lidar com o histórico de saúde mental em sua família: Sua Tia Diane foi encaminhada para uma prisão psiquiátrica após assassinar seu filho. No início da história não fica muito claro se Tara e sua família têm alguma ligação com Lizzie, mas quando uma série desaparecimentos suspeitos tem início na cidade de Fall River, as atenções se voltam para garota. O desempenho dos atores  é ótimo. Odessa, Leslie, Dermot e até mesmo Lizzie Broadway em um papel coadjuvante são fantásticas. E Mikhail, o vizinho, é muito assustador. Mas a melhor pode ser a zeladora da casa dos Borden. O roteiro, mesmo apresentando alguns furos, é  inteligente, com reviravoltas imprevisíveis.  O texto deu a esses atores subtexto para trabalhar. Um design de som muito eficaz ajuda a manter as coisas em ordem. Há um mistério dentro e fora da cabeça dos personagens principais.

Estamos diante de um filme de terror psicológico bom, que explora mais as questões de saúde mental do que os fantasmas e assombrações. O ritmo da narrativa é lento e arrastado em alguns momentos, mas a recompensa vale a pena.

Embora não inove ou quebre as convenções  do gênero, a história é boa, com atuações competentes e um trabalho de câmera decente. Até a metade do filme fica dúbio se a loucura é familiar ou se é causada pela descendência de Lizzie Borden. Ao longa da trama, Tara faz piada com a condição e encara o tema como uma maldição familiar. O outro ponto que merece atenção é a  paixão de Suzy, secreta ou não, por Tara. Essa paixonite tem contorno de obsessão, contribuindo para o desenvolvimento de terror e suspense da trama.

Como filme lida mais com as questões de  doença mental e o peso que isso causa à  família, não houve nenhuma tentativa real de exorcizar o demônio ou doença mental. O que foi duplamente interessante e  durante todo o filme está implícito que essa coisa só se manifesta nos membros femininos da família. No final do filme, deixa claro que não é, que essa é uma suposição falsa dos membros da família. Este é um filme lento, então se você é mais fã de ação, suspense, sangue e violência, você vai ODIAR isso. Se você gosta de filmes psicológicos assustadores e lentos, então este é o seu lugar!

Cotação por ossos: 8,0

Ficha Técnica:

Filme: Aquele Que Habita em Mim

Título Original: The Inhabitant

Ano de Lançamento:2022

Direção: Jerren Lauder

Roteiro: Kevin Bachar

Edição: Mikhail Aranyshev / Leone Marucci

Trilha Sonora: Sanford Parker

Outros cargos técnicos: –

Elenco: 

Odessa A’zion (Tara/Filha); Leslie Bibb (Emily/ Mãe) Dermot Mulroney (Ben/Pai); Lizze Broadway (Suzy/ Melhor Amiga) Michael Cooper Jr.(Carl/ Namrado); Mary Buss (Tia Diane); Jackson Dean Vincent (Caleb/Irmão); Kenneisha Thompson (Detective Childs) Ryan Francis(Detective Gaines) Todd Jenkins (Mikhail)

Duração: 1h37’’

Classificação Etária: Não recomendado para menores de 16 anos

País produtor: Estados Unidos

Estúdio produtor: –

Sinopse: Uma adolescente com problemas na escola descobre que é descendente de uma lendária assassina. Quando pessoas começam a morrer a seu redor, ela começa a duvidar da própria sanidade.

O filme é: Baseado na história real de Lizzie Andrew Borden (1860 – 1927) foi uma mulher americana acusada de assassinar seu pai e sua madrasta em Fall River, Massachusetts, em 1892. O caso foi amplamente divulgado nos Estados Unidos e continua a ser um tema da cultura popular

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