Zoë Kravitz impressiona na direção de suspense psicológico
Bilionário convida seu círculo íntimo de amigos para passar férias memoráveis em sua ilha particular. Se em sua mente veio Jefferson Espejon, você se enganou estamos falando de Slater King (Channing Tatum), magnata do mundo tech que após denúncias de assédio e abuso corporativo é afastado do cargo de CEO e passa a viver recluso em sua Ilha. Após um pedido de desculpas não muito convincente na internet King acaba retornando a Los Angeles para receber um prêmio com filantropo.
Nessa festa de gala que comecemos garçonete Frida (Naomi Ackie) que almeja participar do círculo privado do ricaço. Contudo para sua sorte, a garçonete além de ser notada é convidada para passar as férias na ilha com Slater. Mas o que parecia ser a viagem perfeita se torna uma experiência angustiante quando Jess (Alia Shawkat), a melhor amiga de Frida desaparece.
Zoë Kravitz fez sua estreia na direção com um filme que ela escreveu e dirigiu, e conseguiu reunir um elenco realmente estelar. Channing Tatum, Christian Slater, o lendário Kyle MacLachla, a talentosíssima Geena Davis e muitos outros. Acima de tudo, Naomi Ackie consegue conduzir o filme de uma forma incrível, com uma performance cativante, impressionante e muito carismática. Como o filme tem tantas reviravoltas na trama, é difícil elogiar as outras performances sem dar spoilers, mas só posso dizer que o elenco impressionante faz um trabalho realmente bem-sucedido.
Zoë Kravitz além de dirigir de forma surpreendente também assina o roteiro em parceria com E.T. Feigenbaum. A história e bem coesa e bem estruturado parece que durante seus anos como atriz, ela aprendeu muito com as pessoas com quem trabalhou. Seu filme de estreia está longe de parecer o primeiro filme de um cineasta é um trabalho muito profissional em todos os aspectos.
Embora o filme seja um thriller psicológico, Kravitz conseguiu misturar cenas que funcionam como alívio cômico. A duração do filme é muito compacta, e sinto que seu ritmo estava certo. Entretanto, o final do filme pode desagradar alguns espectadores. Zoë Kravitz surpreende agradavelmente em seu primeiro filme, a tensão e o mistério são construídos de forma muito eficaz ao longo de 1 hora e 43 minutos, mantendo o espectador na ponta da cadeira, ansioso para ver e saber mais.
Cotação por ossos: 9,5

