Crítica: Alien Romulus

Fede Alvarez nos leva em uma viagem de horror nesse retorno ao universo Alien.

Tatiane Barroso

Definitivamente, Alien Romulus é uma experiência para IMAX: dos efeitos práticos clássicos para o assustador Xenomorfo até o uso CGI, bem como uma quantidade abundante de sangue e violência, é absolutamente tudo que você precisa ver nesse novo filme da saga. O diretor Fede Alvarez procurou a equipe de efeitos especiais de Alien: O Resgate (1986) para trabalhar nas criaturas. Cenários físicos, criaturas práticas e miniaturas foram usados ​​sempre que possível para ajudar a fundamentar o trabalho posterior de efeitos visuais. Os efeitos sonoros e a fotografia são executados com maestria e de forma bastante eficazes. O resultado é uma a atmosfera claustrofóbica e sombria na espaçonave Romulus.

O filme se passa entre os intervalos de Alien: O Oitavo Passageiro (1979) e de Alien: O Resgate. O diretor faz o retorno à essência dos primeiros filmes da franquia, que são o horror absoluto com elementos de suspense.  Alvarez também apela para nostalgia, seja resgatando o personagem de Ian Holm (falecido em 2020) e fazendo releituras das cenas já consagradas nas edições anteriores.  Sobre o elenco, os destaques ficam para Cailee Spaeny e David Jonsson interpretando os protagonistas Rain (Spaeny) e Andy (Jonsson), mas preste atenção na atriz Isabela Merced, mesmo no elenco de apoio a atriz vem destacando e conquistando espaço em Hollywood.

Cailee dá continuidade ao legado de Sigourney Weave na franquia.  Assim com sua antecessora, a personagem de Spaeny é, também, a heroína da última hora, mas não se resume somente a isso. Rain tem camadas, luta para sair da miséria e é responsável pelo humanoide Andy que, devido a má programação de sistema feita por seu pai, o humanoide tem um corpo de adulto, e mentalidade de uma criança. Já o personagem de Jonsson consegue trafegar com maestria entre a inocência e o dever corporativo. Após a chegada na espaçonave não só o comportamento, mas intenções de Andy para com o grupo vão mudando.

Alien Romulus consegue homenagear seus antecessores e acrescentar novos personagens, bem como ser um retorno ao universo cinematográfico iniciado em 1979 como deveria ser.

Cotação por ossos: 4,5

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