Longa encerra trilogia com boas cenas de ação e muito sangue
Maxxxine, estrelado por Mia Goth, encerra a trilogia iniciada por X – A Marca da Morte e Pearl. No longa, acompanhamos a atriz Maxine Minx, estrela de filmes adultos que tenta uma chance de ouro na Hollywood dos anos 1980.
Só que Hollywood pode ser mortal, como prega a publicidade do filme, e para comprovar isso, um assassino está à solta no melhor estilo “Jack – O Estripador”. Aos poucos, mulheres começam a desaparecer e são encontradas mortas. São atrizes em começo de carreira, prostitutas e outras consideradas “pecadoras”.
Maxine, então, percebe que está na mira do perigoso perseguidor e terá que correr contra o tempo para desmascará-lo e, assim, se concentrar na produção do filme que será sua oportunidade de ouro na meca cinematográfica.
Repleto de referências ao período histórico que retrata, “Maxxxine” traz o gostinho saudoso das videolocadoras, com direito a capas e cenas icônicas de filmes da época. Preste atenção na cena em que o balconista assiste à fita de “Alligator”.
Outros momentos são tensos e violentos, com direito a facadas, torturas e até um salto alto fino esmagando um par de testículos! Visceral!!!
É, no entanto, menos violento e pornográfico do que o trailer e toda a publicidade em torno da produção pregava, não justificando a classificação 18 anos (16 estaria de bom tamanho, mas o que esperar, quando até o Massacre da Serra Elétrica, com 50 anos de idade, ainda é restrito a menores de idade?).
Outra referência importante é em relação à franquia “Psicose”, que nos anos 1980 ganhava sua primeira sequência. O motel e a casa Bates estão presentes no longa (e mais fiéis que os vistos na série de TV Bates Motel).
Kevin Bacon, que iniciou sua carreira sendo empalado pela senhora Voohrees, foi perseguido pelos Vermes Malditos e até virou um Homem Sem Sombra, está em um papel bem mais humano neste filme. Mais humano e mais cafajeste! Sai dele boa parte da ação contra nossa protagonista. E só podemos dizer que o fim do personagem é outro momento denso do filme.
Quanto à personagem-título, vale lembrar o que Shrek dizia a respeito de ogros e cebolas: têm camadas! Ela não é boazinha, mas também não é vilã. É uma mulher tentando ganhar a vida em uma cidade marcada pelo glamour e pelo crime. Pelas bênçãos de se conseguir manter numa carreira vitoriosa e os pecados cometidos para chegar ao topo. Por falar em topo, é lá no alto do letreiro da cidade que se passa a sequência final, com direito à perseguição policial, culto religioso, mais tiros, mais facadas, helicópteros… enfim: o puro suco oitentista!
Há boatos não confirmados de uma quarta parte em andamento, mas se Maxxxine encerra, de fato, a trilogia, é uma baita franquia cinematográfica, como há muito (pelo menos desde 1996, se me entendem) não se via nas telonas!
