Dirigido por Michael Mohan, o filme Imaculada é, sem dúvida, uma experiência inesquecível e brutal, de tirar o fôlego e se encharcar de sangue. O trailer do filme pode levar os espectadores a acreditarem que Imaculada se trata de terror sobrenatural, mas não é. Mohan optou em explorar temas como ciência x religião, fanatismo religioso e apropriação e controle do corpo feminino.
O longa aborda o terror psicológico que muito se assemelha a outro filme do gênero: O Bebê de Rosemary (1968), mas ao contrário de Rosemary (Mia Farrow) a Irmã Cecilia (Sydney Sweeney) tem uma atitude completamente diferente, o que, provavelmente, irá chocará o espectador.
O enredo gira em torno de Cecilia, uma jovem freira norte americana, com uma experiência de quase morte na infância, que decide fazer seus votos e começar uma nova vida na Itália. Com um renovado senso de otimismo e fé de que encontrará seu propósito no novo país, ela chega ao belíssimo convento situado na remota zona rural italiana. Este santuário espiritual, com a sua arquitetura barroca e legado religioso de longa data, é onde ela está preparada para chamar de lar num futuro próximo.
Deixando de lado a barreira do idioma, Cecília tem uma recepção calorosa dos outros residentes religiosos, incluindo a Madre Superiora (Dora Romano), o Padre Sal Tedeschi (Álvaro Morte) e a rebelde Irmã Maria (Simona Tabasco). Na propriedade moram freiras de todas as idades que dedicaram suas vidas a servir à igreja. No entanto, a fachada angelical se deteriora quando a jovem começa a testemunhar comportamentos bizarros e atrocidades grotescas nas mãos das mulheres que ela chamava de irmãs.
Sydney Sweeney prova que tem talento, competência e alcance vocal para realizar filmes de terror psicológico. A atriz apresenta uma atuação fascinante como Irmã Cecilia. De novata introspectiva à vingadora durona, Sweeney dá tudo de si, e sua transformação ao longo dos 89 minutos de duração do filme é cativante.
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Cotação por Ossos:
5,0
