“Uma Prova de Coragem” faz jus ao filão de filmes de cachorro

Produção inspirada numa história real promete emocionar os espectadores

Antônio Pedro de Souza

Nós já conhecemos os clichês, mas é impossível não se entregar quando o cartaz anuncia um cachorrinho como coprotagonista de uma produção cinematográfica. E é exatamente aí que começa o encanto do filme “Uma Prova de Coragem”.

Engana-se, porém, quem imagina que o filme irá focar apenas no cachorro ou apenas no humano que faz o papel principal. O longa promove o encontro dos dois personagens de uma maneira muito natural e original: as cenas dos dois são intercaladas, fazendo com que o público os conheça paralelamente e se encante com o que cada um tem de melhor para apresentar.

A história é inspirada em um acontecimento real: um famoso corredor que adota um cachorro durante uma das etapas da prova da qual participa, dando um novo propósito à sua vida, à sua carreira como atleta e, claro, à vida do cãozinho.

Mas os problemas surgem também: o cão está muito debilitado e alguns fatores externos podem contribuir para que nem o cachorro nem os corredores consigam completar a prova. Quase no fim, nosso herói humano terá que tomar uma dura decisão, que colocará em xeque toda a expectativa que criamos ao longo do filme. Que caminho ele irá escolher e como isso afetará seus companheiros e seu mais recente amigo de quatro patas?

Passada a longa etapa da prova, onde somos agraciados com belíssimas paisagens de montanhas, matas, trilhas e rios, além de uma cena de gelar o sangue numa tirolesa – duvido você conseguir piscar o olho neste momento – somos levados ao novo embate do filme: o destino de Arthur, o cãozinho adotado durante a jornada.

Embora bem mais curto que os anteriores, este ato final demonstra toda a importância da história, do poder da amizade e do amor que os humanos têm (ou deveriam ter) pelos animais e vice-versa. Prepare o lenço, porque vão rolar cenas emocionantes!

Em suma, “Uma Prova de Coragem” é um longa-metragem emocionante, que cumpre bem o seu papel de “filme de cachorro”. Enredo e situações convincentes, elenco humano afiado e um personagem principal (tô falando do Arthur, hahahá), muito carismático.

***

Cotação por Ossos:

10,0

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