Pouca criatividade e nem Dakota Johnson faz salvar “Madame Teia”

Confira a crítica do filme

Marcos Tadeu

O universo cinematográfico de heróis e vilões já está ficando cada vez mais inflado e agora mais uma pra conta com “Madame Teia”, que faz sua estreia em 15 de fevereiro nos cinemas brasileiros. Produzido pela Sony, além de contar a história de vilões do Homem-Aranha, eles decidiram “inovar” trazendo a história de Madame Teia, aliada do Amigo da Vizinhança.

Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, descobre que possui habilidades de clarividência. Confrontada com revelações sobre seu passado, ela estabelece uma ligação com três jovens destinados a ter futuros poderosos.

Dakota Johnson está bem no papel e interpreta uma Cassandra bastante “gente como a gente”, ao nível de Peter Parker, ainda somos recebidos com easter egss a referências clássicas do Homem-Aranha e até a frase “com grandes responsabilidades, vem novos poderes”, a mesma frase de Tio Ben sendo dita de outra forma para que Cassandra aprenda a dominar seus poderes de ver o futuro e da ligação que estabelece com as três jovens e o passado de sua mãe. Essa relação em saber quem foi sua mãe e o que ela representa, talvez seja o único ponto positivo do filme, apesar de sua conclusão, não fica muito claro o seu poder e como isso poderia ser melhor trabalhado durante o longa.

As três mulheres que assumem o protagonismo junto com Dakota Johnson, têm até boa química e sabemos que no futuro, as quatro serão heroínas:: Julia Carpenter (Arcane),  Mattie Franklin (Mulher-Aranha)  e Aña Corazon (Garota-Aranha). O longa entrelaça as relações dessas mulheres e brinca com a questão do futuro de como elas serão heroínas e o que essa consequência pode trazer, mas mesmo assim fica em uma camada rasa.

Para piorar, o vilão que tinha tudo para ser um ótimo adicional, é genérico ao extremo, ele só quer matar as garotas para que fique vivo no futuro. Nada de grandioso ou espetacular e como Madame Teia o enfrenta, muitas vezes dá vergonha do que se vê em tela. Ezekiel Sims, interpretado por Tahar Rahim, encarna bem um vilão, porém pouco mostra sua origem e em seu presente ele é praticamente um Homem-Aranha do mal, com um traje e poderes bem similar ao Homem-Aranha, mas só fica até aí.

Madame Teia” é um filme mediano, que não quer se aprofundar em sua protagonista e muito menos em seu vilão, mas sim nas três garotas. Isso ainda pode render algum futuro na Marvel. A promessa dita por Dakota Johnson que iria “mudar os multiversos” não colou, pois, o filme faz isso de maneira preguiçosa e nem sentimos como pode ter impactos no futuro, apesar de tocar no tema da clarividência. No fim, o filme consegue se sair um pouco melhor que “Morbius“.

***

Cotação por ossos:

2,0

Deixe um comentário