COLUNA DO APS
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Como contei ontem, sempre gostei de carnaval, embora em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, a festa seja quase nula. É verdade que, quando era criança, havia um trio elétrico no bairro Jardim da Glória ou no Santa Clara tocando algumas musiquinhas animadas. O mesmo acontecia na região central da cidade e na região do Morro Alto. Mas não era um festão propriamente dito.
Em Belo Horizonte, depois do esvaziamento da cidade nesta época do ano, as escolas penavam para desfilar, cada ano em um local diferente. E os clubes, em geral, promoviam seus bailes particulares. Grandes empresários levavam a festa para cidades do interior. E quem tinha dinheiro ia pra lá se divertir.
Depois do polêmico decreto da prefeitura de BH, proibindo eventos na Praça da Estação, parte da população se uniu, defendendo o direito de usar os espaços públicos. Era o começo da retomada, ainda tímida, do carnaval belo-horizontino.
Em 2011 assisti, pela primeira vez, o desfile das escolas de samba na Avenida dos Andradas e me emocionei! Nem a chuva que caiu num certo ponto da madrugada esfriou os foliões. Pra mim, a riqueza dos carros alegóricos e a criatividade das fantasias foi o ponto alto. Lembro de, na ocasião, dizer “não estamos devendo nada para as outras capitais”. Com a recente posse de Dilma Rousseff na presidência da república, uma das escolas a homenageou: a ala das baianas foi vestida de presidente. Outra escola contou a “evolução do homem”, num samba-enredo que lembrava o tema de abertura do Fantástico (Globo): a comissão de frente era composta por homens das cavernas. O último carro era o Robocop.
Voltei para casa naquela madrugada, acompanhado dos meus pais, feliz e sabendo que algo grande ainda iria acontecer no Carnaval da capital mineira. Talvez não imediatamente, mas nos próximos anos…
O ano de 2011 só estava começando e eu estava dando início à minha carreira de professor, além de ainda trabalhar na AeC e pagar uma última disciplina na faculdade de Letras à noite. Doze meses depois, o cenário da minha vida era bem diferente:
Formado, iniciando meu segundo ano como professor e sem um segundo emprego.
O carnaval de 2012 foi icônico: pela primeira vez fui à Sabará, Ouro Preto e, claro, Belo Horizonte nos dias de festa. Os cenários eram bem diferentes e a companhia muito agradável. Mas essa história eu conto amanhã…
Quarta-Feira, 31/01/2024

Um comentário em “Sobre o Carnaval em Belo Horizonte – parte 2”