Fábio Gomes
Sabe aqueles filmes que trazem uma sensação de nostalgia para uma geração? “Wonka”, o
prequel de “A fantástica fábrica de chocolates”, consegue fazer isso com várias.
Homenageando e trazendo referências dos filmes de 1971 e 2005 e a alguns musicais do
século passado, “Wonka” nos faz sentir como se estivéssemos assistindo a um filme dos anos
30, mas também traz o novo e não fica preso ao passado com medo de estragar memorias, o
que e um prato cheio para a geração alpha se deliciar.
Uma história que abraça o lúdico e leva quem está o assistindo para um mundo de fantasia.
Com elementos que não fazem o menor sentido juntos e acontecimentos que são o puro suco
da bobeira; atuações impecáveis que inclusive gostaria de dar ênfase para Calah Lane
(Noodle), que está impecável e, claro o resto do time de atores que compõem o set que estão
entregando tudo (inclusive o protagonista que confesso não estava esperando muito). Tudo
isso só faz o filme ser mais gostoso de assistir. E pra quem não vai assistir com o intuito de
criticar, só vai se recordar que é um filme de a fantástica fábrica de chocolates e que os filmes
sempre foram uma ode ao surreal.
Assim com nos filmes que mostram o império de Wonka, em “Wonka” também temos
histórias profundas e personagens com camadas, mas nada nem nenhum personagem é muito
desenvolvido. Mas o foco claramente não é esse, mas sim as desventuras daquele exato
momento e as aventuras para se livrarem daquela situação.
Então abracem a bobeira, levem seus filhos, pais, papagaios, periquito, cachorros, sobrinhos e
amigos e contemplem uma história que é apenas uma história, a fantasia que não tem medo
de ser fantástica, um filme para fugir da nossa realidade. Por que todos nós precisamos disso
as vezes.
