Crítica: Vermelho, Branco e Sangue Azul

Dener Andrade

Vermelho, Branco e Sangue Azul, o filme baseado no best-seller da autora estadunidense Casey McQuiston, que conquistou o mundo por sua escrita delicada e teen, tendo maior notoriedade com o livro de mesmo nome que o do filme que aqui estarei criticando hoje. A direção é de Matthew López, sendo esse o seu primeiro filme trabalhando como diretor, no então outrora seus trabalhos sendo mais focado como roteirista. 

O tombo de $ 75.000,00

Alex Claremont-Diaz (Taylor Zakhar Perez), o primeiro filho dos Estados Unidos, na verdade é filho da Presidenta Ellen Claremont (Uma Thurman). Alexa e sua irmã Nora Holleran (Rachel Hilson), são enviados a Londres para o casamento do irmão mais velho do Príncipe Henry (Nicholas Galitzine)

Alex e Henry não se dão muito bem desde seu primeiro encontro em um dos onde os dois eram obrigados a estarem juntos no mesmo lugar. Na verdade eles meio que se odeiam a anos. O filho dos Estados Unidos depois de alguns copos de whisky, acaba confrontando Henry, porém Alex estava um tanto embriagado demais, os dois se desequilibram e o bolo cai em cima deles. Bolo esse que chegou a virar manchete pelo seu valor exorbitante de 75 mil euros.

Salvar a campanha de reeleição da Presidenta

Logo após serem o assunto do momento, os meninos são obrigados a fingir que se suportam, e que na verdade o que ocorreu no casamento não passava de uma acidente e não uma briga entre Estados, o que não deixa de ser verdade.

Tá rolando algo aqui?

Depois de muitas trocas de e-mails, fotos engraçadas, ligações de madrugada sobre um peru assassino, os meninos percebem que algo está acontecendo. Depois de um beijo fofo embaixo de uma árvore na noite nevada de ano novo na Casa Branca eles percebem que ali realmente tem algo acontecendo entre eles. 

Mas será que isso poderia acontecer, o filho da presidenta ser gay? Bi? Um Príncipe Gay? Isso seria possível? 

Vá ao Primi Video ver como vai ser o desenrolar dessa impossível história de amor. 

Minha visão sobre o longa Vermelho, Branco e Sangue Azul. 

Obs.: Tem Spoilers 

Aqui vamos nós… Como toda adaptação é normal você tirar ou mudar um pouco as coisa. Mas houve algumas mudanças que achei que fizeram falta. 

Primeira: A melhor amiga dos filhos da Presidenta, ela é uma personagem importante. 

Segundo: Os pais dos meninos são divorciados e Ellen é casada com outro cara. 

Terceira: Como assim eles me tiram a cena mais tocante em todo o livro? A cena onde os meninos são tirados do “armário” a força. É uma cena linda e dolorosa e escrita com muito cuidado, a dor do Alex, a sua preocupação com Henry. Como eles realmente queriam contar pro mundo. 

Acredito que era necessário essa cena estar presente no filme para que as pessoas pudessem ver e ter um vislumbre de que como é doloroso ter seu direito de contar ou não para as pessoas que você na verdade faz parte de uma comunidade onde as pessoas são agredidas, mortas dentre outras atrocidades por simplesmente serem do jeito que são. Ai eles me colocam algo como um pronunciamento que ao meu ver não passa de mais uma cena onde alguém fala que não deve tirar o colega do armário. Enfim, isso me deixou um tanto frustrado. 

Não senti muita força na atuação do ator que interpretou Henry, no mais o que mais incomodou foi isso. 

A produção é boa, talvez contaram a história muito rápido, poderiam ter colocado mais 30 minutos no filme para não parecer que eles estavam querendo correr com o romance, não me conectei tanto quanto eu queria com os personagem igual ao livro. Talvez quem não tenha lido o filme goste mais que eu. 

Se você ainda não leu o livro recomendo que veja o primeiro ao filme,  e se puder ler o livro depois venha aqui e me conte o que achou do filme e do livro. 

Espero que goste do filme!! 

Ficha Técnica 

Título: Vermelho, Branco e Sangue Azul
Duração: 1h e 58min.

Direção: Matthew López

Roteiro: Casey McQuiston, Matthew López, Ted Malawer

Elenco: Taylor Zakhar Perez, Nicholas Galitzine, Uma Thurman, Rachel Hilson

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Imagem: Divulgação Prime Vídeo

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